segunda-feira, 2 de julho de 2012

Quem sou eu?



Meu nome é Hugo. Participei da AGEAC por mais de 10 anos, sete deles como difusor. Tempo suficiente para conhecer toda sua mentalidade alienante. Com a missiva abaixo, direcionada ao Sr. Oscar Uzcátegui (auto-proclamado V.M. Kwen Khan) , me despedi de vez desta instituição:


Escrevo esta mensagem para anunciar-lhe uma decisão, fruto de minha busca pela sinceridade.
A partir de hoje, já não faço parte da AGEAC. Não sou sacerdote, missionário, estudante e muito menos simpatizante desta instituição. O motivo de tão drástica decisão é a DESILUSÃO. Por muitos anos acreditei estar participando de uma causa sagrada, que poderia evadir-me da estreiteza da rotina pessoal e dar um sentido superior à minha vida.
Mas a simples identificação com uma “causa” não pode por si só enobrecer um homem. Quando vi que não tinha virtude suficiente para representar tão exigente “causa”, preferi sair de cena: interrompi as atividades da associação. Não me sentia bem realizando papéis que não conseguia preencher com minha substância pessoal. Realizava meus ofícios de forma oca, vazia, como um ator.
Até aí não havia nenhum grande problema: ainda reconhecia a “causa” como algo válido e verdadeiro. Caberia a mim somente abandonar o traje de artista e buscar desenvolver as virtudes necessárias para, um dia, estar à altura das circunstâncias de forma honesta e substanciosa.
Entretanto, as reflexões sobre minhas mentiras e contradições pessoais levaram-me a refletir sobre o meio em que estava inserido. Será possível que a debilidade que me aflige alcança também meus companheiros? Se todos sofrem do mesmo sintoma, não seria a associação um grande teatro, onde no palco principal se apresenta um espetáculo com belas e pomposas palavras: “liberdade”, “verdade”, “espiritualidade”; mas nos bastidores o que se vê é uma força alienante e perigosa que causa dependências, decepções e fanatismos?
A percepção de que a massa de pessoas que formam a associação é fraca sempre foi evidente para mim. Eu que, desde cedo, tive contato com as cabines diretoras, nos bastidores deste teatro, fiquei sabendo de muitas histórias, casos e acontecimentos que passam longe de ser enobrecedores ou dignificantes. Mas meu reflexo frente a estas situações sempre foi o mesmo de todos os meus companheiros: dizemos que o importante é o trabalho que está se fazendo desde os mundos internos, do qual somos simples instrumentos imperfeitos. Há que relevar a confusão temporária e contingente em função do bem maior e absoluto.
Naturalmente, frente a tantas contradições, o espinho da dúvida por vezes se revolvia deixando-me questionamentos profundos: não estaríamos exercendo todos uma autoridade para qual não temos competência suficiente? Será o corpo missional - miserável espiritualmente e pobre intelectualmente - o responsável pela “salvação mundial”? Não estaríamos negligenciando fatos negativos - físicos e concretos - em troca de uma dita promessa divina - desconhecida e misteriosa? Talvez Platão esteja certo: quando as pessoas começam a ocupar postos que não lhe condizem e não estão preparados para exercer, se instaura a desordem social, característica básica do mundo moderno.
No entanto, havia uma última evasiva em meu raciocínio e em meu coração: se a base e corpo da pirâmide institucional é incapaz, bastaria que seu topo – o dirigente maior – fosse um verdadeiro sábio, suficientemente maduro para orientar todo o exército de cegos a um resultado concreto. Afinal, este próprio dirigente se anunciava como sábio – um mestre! – que recebia orientações diretas da Inteligência Divina – seu próprio Ser e a Loja Branca. Coloquei todas minhas fichas em você, não por confiança, mas por amar uma coisa distinta da verdade querendo que isso que amava fosse a verdade. No entanto, como não queria enganar-me, mas ao mesmo tempo também não queria reconhecer que estava enganado, odiava a verdade por causa daquilo que amava em vez da verdade.
Por fim, fui buscar os fundamentos do respeito que tinha por ti. Estudei tua história, teus discursos, busquei as fontes de teu conhecimento, segui tuas pegadas... E logo, te inclui em um jogo para provar-te e testar-te com o intuito de verificar se a luz que refletes é por causa de tua densidade moral ou de uma simples projeção falaciosa. E, para minha surpresa, descobri toda a farsa: és um mentiroso, charlatão, impostor e hipócrita. A associação que construístes é uma mera continuidade de tua alma deformada: por traz das belas aparências se esconde o delito da falsidade. Falso profeta travestido em peles de ovelhas.
Fique sabendo que deixei de ser teu soldado para militar em uma nova causa: despir-te, mostrar a todos que querem, quem realmente és. Tenho suficiente informações e métodos para isso.
Agora só uma coisa pode interromper tua vergonha futura e inevitável: tua confissão voluntária e honesta, a todos que te circundam, sobre tua verdade. Não penses nas consequências imediatas de tal atitude, mas no compromisso com a verdade e no posterior perdão divino, duradouro e eterno.
Espero que reflitas sobre tudo isto. Aproveites estes instantes em que tens uma companheira - a doença - que te força à contemplação e revisão de tuas ações. “A verdade vos libertará”...e libertará a todos que te seguem.
Sinceramente,
Hugo 

6 comentários:

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  2. Caríssimo Hugo,

    Também fui membro desta Instituição denominada "AGEAC" até o ano de 2001. Após, desfiliei-me da mesma justamente por ter se convertido em uma seita ditatorial e perigosa, cujo líder é mestre na arte de iludir e criar na mente de seus "seguidores" muitas “fantasias esotéricas”.
    Quantas mentiras, falácias, enganos e ludíbrios pude presenciar...
    O fato é que as pessoas, sob o domínio do temor reverencial e idolatria que passam a nutrir pelo “Grande Líder” , começam a não pensar por si próprias, não refletem , não questionam os mandos e desmandos e, quando fazem, são imediatamente tratadas como "magos negros", "traidores", "ignorantes", etc.
    Geralmente são afastadas ou recebem uma "cartinha" mal criada e ofensiva. A partir daí é tratada pelos "irmãos" de caminhada como um pária que não merece a menor consideração...
    Mas sigamos adiante, buscando a verdadeira espiritualidade que está bem distante disso tudo!

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  3. Muitas coisas que estão no seu blog tem realmente um fundo de verdade. Foram coisas que senti ao longo do tempo em que estive na AGEAC. Eu já desconfiava disso, mas seu blog meio que me deu uma certeza do que eu já pensava. Acredito que devemos sempre nos guiar pelo livros e pelo VM Samael, todo o resto precisa ter uma afiada crítica para não cairmos no erro. Obrigado pelas suas colocações, elas ajudam às pessoas compreenderam melhor a situação.

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  4. Um demônio fala de caridade, de fraternidade, de amor e, principalmente, da verdade. De tudo falam. Não o praticam, porém, falam, para nos enganar. No mundo mental existe muito engano, e você está rotundamente enganado. Agora você pode montar um blog contra, por exemplo, o Papa Francisco, você deve ter muito o que falar.
    Por que você não vive sua vida em paz ou, pelo menos, deixa os outros em paz. Não te passa pela cabeça que você pode estar errado?
    Você quer acabar com o Oscar Uzcategui ou com a AGEAC ou consigo mesmo? Sua desilusão comerá vivo por dentro como um câncer, não há remédio, tira este fardo pesado de tuas costas, antes que perca completamente o juízo, se é que não perdeu ao se afastar das coisas mais Sagradas.

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  5. A mais perigosa de todas as loucuras é a sabedoria corrompida.
    Os corações corrompidos envenenam toda a natureza. Para eles, o esplendor dos belos dias é apenas um ofuscante aborrecimento e todos os gozos da vida, mortos para estas almas mortas, se levantam diante delas para amaldiçoá-las como os espectros de Ricardo III: "Desespera e morre". Os grandes entusiasmos os fazem sorrir e lançam ao amor e à beleza, como que para se vingarem, o desprezo insolente de Stenio e de Rollon. Não devemos deixar cair os braços. acusando a fatalidade, mas devemos lutar contra ela e vencê-la. Aqueles que sucumbem neste combate são os que não souberam ou não quiseram triunfar. Não saber é uma desculpa, porém não é uma justificação, pois que se pode aprender. "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem", dizia o Cristo ao expirar. Se fosse permitido não saber, a prece do Salvador teria falta de exatidão e o Pai não teria tido nada a perdoar-lhes. Quando a gente não sabe, deve querer aprender. Enquanto não se sabe é temerário ousar, porém sempre é bom calar-se.
    Eliphas Levy

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  6. VIVEMOS EM UM PLANETA QUE CRUCIFICA CRISTOS!!!!!!!!

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